LIÇÃO DE CIVILIDADE E CONSCIÊNCIA

segunda-feira, 8 de agosto de 2011 Karine Winter


" - Bom dia. A senhora pode colocar o cinto, por favor?" Foi com esta frase que cheguei a São Paulo na última sexta-feira. Ao chegar à capital, através do aeroporto de Congonhas, para trabalhar no final de semana, peguei um taxi e, para minha surpresa, após já ter colocado o cinto de segurança e estar devidamente acomodada no banco de trás do veículo, ouvi esta solicitação. Após me recuperar do “susto positivo” - se é que existe essa denominação para o que senti naquele momento – afoita respondi: - mas é claro. Inclusive já estou com ele. Parabéns! Do alto dos meus quase 41 anos, o senhor é o primeiro taxista que me faz este pedido. Fico feliz em saber que existem pessoas, ainda mais em se tratando de motoristas profissionais, conscientes em relação à preservação da segurança,  cumprindo uma lei, de forma tão efetiva.
Obviamente não poderia deixar de expressar aqui, minha homenagem ao Sr Atsushi Asano, o taxista consciente em questão.  Nascido no Japão,  reside em solo brasileiro desde seus 4 anos de idade. Seu Atsushi, atualmente com 55 anos, exerce a profissão de taxista na capital paulista há 8. Segundo ele, a maior dificuldade no exercício da profissão é ter que se deparar diariamente com o comportamento das pessoas no trânsito. Ou melhor, com o mau comportamento, como por exemplo, o mau hábito dos motoristas de jogar o lixo pela janela do carro. - Cumprir as leis, é uma questão de educação da pessoa. Da educação que ela recebe em casa, dos pais e da família. Quem trabalha no trânsito, precisa aprender a manter o estresse positivo. Afinal, o dever o taxista é transportar bem o passageiro e a conseqüência é  “ganhar dinheiro”, afirmou.
Atitudes conscientes em favor do bem comum, como esta que presenciei através do Seu Atsushi, me fazem crer e comprovam que é possível sim,  vermos uma melhora considerável no trânsito brasileiro, desde que cada um faça sua parte, por menor que ela possa parecer. Afinal, educação, comportamento e conduta adequada no trânsito não são, nem jamais serão,  idéias fantasiosas ou utópicas.
Autora: Karine Winter